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Empresas de idiomas independentes usam elementos da economia colaborativa para vencer desafios

Empresas de idiomas independentes usam elementos da economia colaborativa para vencer desafios

Impensável até pouco tempo, a união de empresas concorrentes de pequeno porte surge como solução para o crescimento de todas

Fora dos grandes grupos internacionais, as empresas de idiomas independentes que atuam no segmento empresarial, com aulas ou consultorias, e também no modelo tradicional de ensino, foram duramente atingidas pela pandemia. Viram os contratos sumirem, os alunos desaparecerem. E, embora o ritmo dos negócios já esteja melhor do que há 6 meses, essas empresas ainda enfrentam muita dificuldade para reencontrar o equilíbrio. Para fazer frente aos novos desafios, elas tiveram que ultrapassar os limites da concorrência e pensar em soluções de gestão inovadoras. Como a união para trocar experiências e compartilhar serviços.

Pouco antes da pandemia, pelo menos seis delas já vinham pensando em soluções colaborativas, como alternativa para o crescimento. Mas, com as dificuldades adicionais da crise sanitária, o que antes era uma ideia virou solução. Atualmente, as empresas Escola Casa Brasileira, Challenges, Companhia de Idiomas, Instituto Orange, Language Factory e Language Pro compartilham custos e serviços de marketing e comunicação, entre outros projetos de Gestão. “Temos valores pessoais parecidos, dificuldades semelhantes, os mesmos diferenciais semelhantes em relação às escolas dos grandes grupos e, principalmente, a vontade de colocar em prática os princípios da economia colaborativa”, explica Rosangela Souza, sócia da Companhia de Idiomas.

E como o compartilhamento é a regra de ouro da economia colaborativa, o grupo tem experimentado um variado cardápio de situações passíveis de compartilhar: fornecedores, clientes, mão de obra, ambientes virtuais e saberes. Cada empresa do grupo compartilha um ou mais desses elementos com as demais. E todas estão envolvidas em outros grupos colaborativos, formados por outras empresas do setor.

Débora Carillo, da Language Pro, explica o benefício de participar de um grupo colaborativo: “Não se trata de só fortalecer o concorrente, mas se fortalecer com o concorrente, compartilhando know-how e inovação, reduzindo custos e possibilitando novas iniciativas que, individualmente, nossas empresas não conseguiriam executar”. “A cooperação ia ocorrer por uma necessidade de mercado, de forma gradual e lenta, porém acabou por ser agilizada em função da pandemia”, complementa Paula Grzybowski, da Challenges.

Esse exercício colaborativo é realizado, principalmente, na base de muito diálogo. Desde junho de 2020, o grupo troca ideias e reflexões por meio de reuniões, fóruns e até cursos, em um ambiente digital de aprendizagem, mediado por uma expert em gestão, a Rosangela Souza, da Companhia de Idiomas. “Compartilhamos experiências, tanto atuais quanto passadas. Prestamos serviços semelhantes, porém cada empresa tem suas particularidades. Há escolas mais experientes, outras estão entrando no mercado – porém temos a mesma ética e essência”, ressalta Marianthi Boutsiavaras, da Language Factory.

CONHECIMENTO COMPARTILHADO                                                                         

O objetivo principal do grupo é compartilhar conhecimento, criando uma corrente de aprendizado, que tem tudo a ver com a área em que atuam. “O verbo que inventamos é o ‘aprensinar’ – e ele é aplicado o tempo todo. Ao ensinar algo, estamos aprendendo. Ao repetir o que sei, eu também estou me ouvindo e consolidando aquele conhecimento. E quando estou ouvindo os outros, observo a perspectiva deles sobre temas familiares. Essa troca nos faz levar algo diferente para nossas empresas”, explica Rosangela.

Muitas vezes, a troca é bem prática: envolve solução de gargalos que atrapalham a gestão, dicas sobre simplificação da operação, desenvolvimento de cursos e mentorias que vão de estratégia a metodologias e custos com fornecedores comuns. “Sempre saímos dessas reuniões com algo bom, um novo insight, um novo ângulo de visão”, afirma Débora.

Enxergar no concorrente um parceiro foi um desafio vencido quando eles perceberam que existiam mais afinidades do que diferenças. “Compartilhar as vulnerabilidades é uma questão necessária e nem sempre fácil, mas com certeza uma forma eficaz de superar as dificuldades”, analisa Angélica Mickel, da Escola Casa Brasileira.

A essência em comum – o desejo de seguir independentes, com a mesma visão sobre o core-business e o empreendedorismo de modo ético e sustentável – foi a cola usada nessa união. Além disso, há também a trajetória de cada empresa. “Queremos nos orgulhar do caminho percorrido, não apenas das conquistas. Isso nos une”, resume Rosangela. “Dentro do segmento de empresas de idiomas independentes, estamos no mesmo barco. Saber que tem alguém que passa pelas mesmas dores que você, e que outros encontraram soluções que você não havia percebido, traz força para continuar empreendendo”, conclui Rogério Zago, do Instituto Orange.

Fonte: Assessoria de Imprensa NB Comunicação
Foto: bantersnaps

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